1. Introdução

Na atualidade, seja qual for o nível de organização, caracterizado por globalização e alta concorrida, as compras das empresas são fatores indispensáveis tanto para a sustentabilidade financeira quanto da operacional; conceituam-se como eficazes negociações, prazos de entrega menores, preços mais competitivos e produto maior com qualidade; Considerando Theatric, a função de compras “é responsável de gerenciar a plena formula do material, otimiza a entrega e proporciona objetos do cliente direto.

Diferentemente dos setores poderosos, até onde grande patrocinadores entendem o investimento do compras, muitos pequenos empreendimentos empresariais PMEs, e ainda mais as de gestão familiar passam por desafogo a implementação dos caminhos. Isso afeta diretamente o setores de estoque, consumos e fabricação. O presente artigo pretende pontuar a importância do setor de compras para falar de como práticas estruturadas podem gerar valor e promover a sustentabilidade das empresas de propriedade familiar. 

2. Referencial Teórico

2.1 A Evolução do Setor de Compras

De forma geral, não é à toa que o setor de compras foi historicamente vista como uma área operacional voltada primariamente à obtenção de bens e serviços pelo menor custo. No entanto, este setor ganhou relevância estratégica em várias décadas, consolidando sua posição como componente fundamental da determinada competitividade da empresa. Diz Bowersox, Closs e Cooper : “Organizações dependem de fornecedores externos para adquirir insumos centro-da-organização que compõem os pacotes produtivos básicos”. Assim sendo, compreender as compras torna-se uma atividade vital. Iron é auditado por Arnold  ao dizer que é a função de compras “a responsabilidade de fornecer o fluxo de materiais constantes, prazos de entrega, economias de efeito dos materiais”. Historicamente, tal evolução se justifica pela dependência da tomada de decisões do setor de compras com a finalidade dos objetivos de curto prazo das organizações.

2.2 Gestão de Fornecedores e Relacionamentos Estratégicos

A gestão dos fornecedores não é somente a compra dos produtos em si. Gaither e Frazier  ressalta que, adotando uma abordagem estratégica para fornecedores, é possível obter vantagens de melhores prazos de pagamentos, fornecedores confiáveis e diferentes incentivos financeiros. Em relação ao insumo, os relacionamentos fortes trazem às empresas a negociarem por melhores condições, rebaixar preços de logística e aumentar a qualidade dos insumos adquiridos.

2.3 Integração do Setor de Compras com Outras Áreas

É de suma importância a integração do setor de compras, estoque e vendas na eficácia e organização como preparo. Tanto a utilização da curva ABC como outros métodos têm como finalidade simples de possibilitar identificação de itens estratégicos e uma alocação dos recursos mais eficiente possível, no sentido de minimizar desperdícios. Como Simões  autores  lembram, gestão adequada de estoques possibilita a alinhamento das operações das empresas com demandas do mercado, portanto, com a minimização do tempo de resposta e da necessária satisfação do cliente; além disso, as práticas de compras centralizado ou descentralizado segundo Gaither & Frazier , dão como orientação de avaliação as característica e necessidades adequadas do entidade organizacional.

2.4 Impactos na Sustentabilidade Organizacional

O setor de compras afeta diretamente a sustentabilidade das organizações, isso principalmente afeta as empresas familiares. Tecnologias aplicadas e treinamento da equipe podem fazer do setor de compras a vantagem competitiva da empresa. Tudo o que for tomado de forma fundamentada no setor de compras vai além de reduzir os custos, ele simplifica a experiência do cliente e melhora a posição da marca no mercado.

3. Metodologia

3.1 Delimitação do Estudo

Trata-se de pequenas e médias empresas familiares, no qual, o método de disseminação inerente do proprietário sobre os processos de compras é bastante perceptível. Tal seleção justifica-se pela importância desse tipo de organização ao macro contexto econômico, e pela complexidade do mecanismo de governança, presente através de ligações pessoais e emocionais.

3.2 Coleta e Análise de Dados

Artigos de pesquisas acadêmicas, livros e relatórios de gestão de compras, empresas familiares e resistência à inovação foram revisados com referência a fontes de autores referenciados por Arnold (2006), Bowersox, Closs & Cooper (2006) e Gaither & Frazier, 2008. Barricada foi preferida por casos equitativos de estudo para mostrar soluções adotadas do setor de compras com sucesso.

4. Discussão

4.1 Resistência nas Empresas Familiares

O empresário centraliza-lhe as decisões no receio de queimar o dinheiro e sem confiar total na equipe. Essa resistência se alimenta do embaraço de virar empresa porque mantém o empresário focado em atividades operacionais e não estratégicas a longo prazo.

4.2 Soluções Propostas

Os desafios podem ser superados com:

●     Contratação de profissionais qualificados e treinados: Investir em pessoas capacitadas para gerenciar o setor de compras reduz a dependência de decisões centralizadas e permite maior eficiência nos processos.

●     Estabelecimento de uma cultura de confiança e capacitação: Promover treinamentos e incentivar a autonomia dos funcionários ajuda a fortalecer o time e a preparar a empresa para lidar com os desafios de mercado.

●     Adoção de tecnologias para integração e automação: Ferramentas como sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) ou plataformas específicas de compras permitem maior controle sobre os estoques, previsões de demanda e relacionamento com fornecedores.

●     Planejamento estratégico do setor de compras: Definir metas claras e alinhar as atividades do setor com os objetivos organizacionais de curto e longo prazo aumenta a competitividade da empresa.

●     Estímulo à inovação e boas práticas de mercado: Participar de eventos e redes de negócios pode trazer novas ideias e soluções para melhorar o desempenho do setor de compras.

Essas medidas, quando implementadas de forma consistente, ajudam as empresas familiares a superar barreiras tradicionais e a se posicionarem de forma mais competitiva no mercado.

5. Contexto Histórico

Essencial para a economia de uma empresa, o setor de compras acontece em uma dinâmica que visa o desenvolvimento das últimas décadas. No início do século passado, as funções de compras eram muito especialmente operacionais, ou seja, exercício servia de adquirir produtos e serviços a um preço mínimo aplicáveis. Além disso, no decorrer deste período, a relevância ampla de sua importante contribuição para o sucesso organizacional também não era consolidada de forma alguma, influenciou-se implicitamente por um aumento da complexidade das cadeias de abastecimento e a industrialização/amadurecimento. No campo da Segunda Guerra Mundial, o setor teve uma atuação estratégica devido à maneira como tinha os recursos para gerenciar os recursos escassos, que em todas as disciplinas de compras, a primeira ação foi tentar racionalizar o custo e desempenho de cooperar com fornecedores. Posteriormente, após o fim da guerra, a economia se expandiu em todos os territórios econômicos no mundo, o mercado cresceu. Tais mudanças exigiram uma abordagem ainda mais estruturada e integrada para o gerenciamento de compras. Então, durante a década de 1980, o advento do conceito de Just-in-Time e total qualidade gestão fez com que as empresas interpretam o setor de compras como um elo crítico na cadeia de suprimentos.Exigiu a necessidade de relações mais próximas com os fornecedores e a integração entre compras, produção e distribuição. O século XXI alterou drasticamente o ambiente de compras devido à globalização e avanços tecnológicos. Sistemas de planejamento de recursos empresariais, plataformas e-procurement e soluções baseadas em data estão entre as ferramentas indispensáveis ​​para a gestão eficiente de fornecedores, estoques e custos. Isto é aplicável não apenas na redução de custos, mas similarmente na criação de valor, sustentabilidade e inovação. Os desafios históricos para as empresas familiares são que, por serem resistentes à inovação e à tomada centralizada de decisões, muitos deles têm dificuldade em lidar com essas mudanças rápidas. No entanto, existem exemplos de organizações familiares que superaram tais barreiras e assistiram ao sucesso. Isso foi possível ao adotar práticas modernas e investir em tecnologias emergentes, o que confirma que o setor pode ser um diferencial competitivo em qualquer contexto histórico.

 6. Funções do Setor de Compras em Organizações

O setor de compras é um aspecto vital para a operação de uma organização, sendo o setor responsável pela aquisição de bens, serviços e insumos necessários para as operações. Conforme apud Corrêa : “cabe ressaltar que a eficaz gestão da cadeia de Suprimentos é o diferencial para a diferenciação do nível de serviço prestado e a criação de valor aos clientes sem impactar nos custos operacionais”. Uma das funções mais importantes é a identificação de fornecedores que atendam adequadamente as necessidades da organização. De acordo com Gasnier , a escolha de fornecedores é feita de acordo com critérios sobre o preço, qualidade, prazo de entrega e condições de pagamento que são considerados. Como resultado, o setor também é responsável por gerir contratos com fornecedores. Tendo em vista que o setor é um importante integrante da empresa, o comprador é quem, normalmente, detém a última decisão. O avanço está na gestão de contratos e negociações através de relações de longo prazo que sejam benéficas para ambas as partes. Outra função crucial é o controle de estoques. A gestão de estoques e suprimentos, de acordo com Gasnier, demanda técnicas e ferramentas inovadoras para atender às crescentes exigências de usuários e clientes. A par desses fatores, Sousa et al. assinala que a cadeia de suprimentos compreende o processo de entrega de produtos e serviços ao cliente.

 7. Conclusão

Nas empresas, e de forma especial nas familiares, o departamento de compras poderá tornar-se, se não o é já, decisivo na sustentação e na competitividade da empresa, um fator diferencial. Isso dependerá da combinação de práticas eficazes e educativas e do aperfeiçoamento contínuo da mão de obra, bem como da adoção da tecnologia em todos os níveis da organização da empresa. Por meio da eliminação das barreiras históricas e operacionais, as empresas familiares são capazes de aumentar a participação do mercado e, em simultâneo, obter eficiência nos processos de compras e de gestão de fornecedores. Deixando espaço para que a direção deposite suas energias em outras tarefas e possibilitando uma visão macro do negócio trazendo novas ideias para o desenvolvimento e crescimento da organização, exemplo de tarefas são o branding da marca, abertura de novos mercados, gestão de atendimento ao cliente e parcerias estratégicas comerciais.

Apesar das diversas ferramentas de automação disponíveis que ajudam as compras serem mais eficientes, não podemos esquecer que o lado humano da empresa deve sempre estar presente, é preciso alinhamento com fornecedores, direção, comercial e todos os demais stakeholders envolvidos no processo.

Referências

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BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Supply Chain Logistics Management. 3. ed. New York: McGraw-Hill, 2006.

GAITHER, N.; FRAZIER, G. Production and Operations Management. 9. ed. South-Western College Publishing, 2008.

GADDE, L. E.; HÅKANSSON, H. Supply Network Strategies. Wiley, 2001.

MONCZKA, R. M.; PETERSEN, K. J.; HANDFIELD, R. B.; GABRIELSEN, M. D. Purchasing and Supply Chain Management. 6. ed. Mason: South-Western College Publishing, 2020.

SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Operations Management. 8. ed. London: Pearson Education, 2020.

BALL, G. Business Logistics/Supply Chain Management. Prentice Hall, 2006.

BURT, D. N.; PETCAVAGE, S. D.; PINKERTON, R. L. Supply Chain Management: A Strategic Perspective. 2. ed. New York: Pearson, 2010.

CARTER, C. R.; ROGERS, D. S. A Study of the Relationship Between Sustainable Supply Chain Management and Firm Performance. Journal of Supply Chain Management, v. 44, n. 4, p. 69-84, 2008.

SIMÕES, A. Gestão de Estoques: Teorias e Práticas. São Paulo: Atlas, 2004.

CORRÊA, H. L. (2010). Gestão de Redes de Suprimento: Integrando Cadeias de Suprimento no Mundo Globalizado. Atlas.

GASNIER, D. G. (2007). Gestão de Estoques e Suprimentos da Cadeia de Abastecimento. Imam.

Sousa, B. de, Santos, A. G., & Magalhães, E. (2013). Gestão da Cadeia de Suprimentos. FGV.