O design instrucional como estratégia para potencializar o ensino e aprendizagem

Categoria: Ciências Sociais Aplicadas Subcategoria: Educação

Este artigo foi disponibilizado diretamente pelo autor e ainda não passou por revisão editorial.

16/02/2025

Autores

Foto do Autor
ADRIANA SCALCON

Curriculo do autor: Possui Graduação em PEDAGOGIA realizado pelo(a) FACULDADES INTEGRADAS DE ARIQUEMES e Ensino médio realizado pelo(a) EEEFM RICARDO CANTANHEDE. Possui Especialização em Pedagogia gestora: administração, orientação e supervisão escolar realizado pelo(a) CELER FACULDADES , Mestrado em ENSINO-APRENDIZAGEM realizado pelo(a) , Extensão em POLITICA PÚBLICAS E EDUCAÇÃO INCLUSIVA realizado pelo(a) SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, Extensão em GESTÃO DE DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇA EM EQUIPE realizado pelo(a) SEBRAE, Extensão em EMPRETEC realizado pelo(a) SEBRAE , Extensão em CHEFIA E LIDERANÇA realizado pelo(a) SEBRAE, Extensão em RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO realizado pelo(a) SEBRAE, Extensão em FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EDUCAÇÃO INFANTIL realizado pelo(a) SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, Extensão em FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EDUCAÇÃO INFANTIL realizado pelo(a) SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, Extensão em FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EDUCAÇÃO INFANTIL realizado pelo(a) SEC

Insira o texto exatamente como deseja que apareça na sua declaração. Se for aprovado pela revista, sua declaração sairá conforme pré-visualização abaixo

Resumo

O presente artigo teve como objetivo explorar o Design Instrucional (DI) como uma abordagem estratégica para potencializar o processo de ensino e aprendizagem no contexto educacional contemporâneo, evidenciando as vantagens e desvantagens dessa prática. Abordou-se a evolução histórica do DI, seus fundamentos teóricos e sua relação com a Educação a Distância (EaD), destacando o papel do modelo ADDIE como ferramenta estruturada no planejamento educacional. O artigo também analisou as vantagens, limitações e desafios dessa metodologia, além de ressaltar a necessidade de integração entre inovação pedagógica, ensino personalizado e formação docente para atender às demandas educacionais atuais. O estudo foi realizado em forma de pesquisa bibliográfica, onde foi explorado vários autores. Tratou no primeiro momento o conceito de DI, seguindo da suas práticas no contexto educacional, em seguida abordou as vantagens e desvantagens dessa prática, finalizando com uma breve conclusão sobre o tema. Conclui-se que o DI é essencial para transformar o ambiente do aprender, promovendo a personalização e eficácia dos processos educativos. Contudo, a aplicação dessa metodologia requer a superação de desafios, e a rigidez de algumas abordagens, o tempo necessário para a elaboração de materiais e a formação contínua dos educadores. A integração entre inovação pedagógica, infraestrutura adequada e motivação dos estudantes é essencial para promover aulas dinâmicas, significativas e alinhadas às demandas contemporâneas.

Palavras-Chave

Design. Educação. Aprendizagem. Inovação. Tecnologia.

Abstract

The present article aimed to explore Instructional Design (ID) as a strategic approach to enhance the teaching and learning process in the contemporary educational context, highlighting the advantages and disadvantages of this practice. It addressed the historical evolution of ID, its theoretical foundations, and its relationship with Distance Education (DE), emphasizing the role of the ADDIE model as a structured tool in educational planning. The article also analyzed the advantages, limitations, and challenges of this methodology, as well as the need for integration between pedagogical innovation, personalized learning, and teacher training to meet current educational demands. The study was conducted as a bibliographic research, exploring various authors. Initially, it discussed the concept of ID, followed by its practices in the educational context, then addressed the advantages and disadvantages of this approach, and concluded with a brief summary of the topic. It is concluded that ID is essential for transforming the learning environment, promoting the personalization and effectiveness of educational processes. However, the application of this methodology requires overcoming challenges, such as the rigidity of some approaches, the time needed for material development, and the continuous training of educators. The integration of pedagogical innovation, adequate infrastructure, and student motivation is essential to promote dynamic, meaningful lessons that align with contemporary demands.

Keywords

Design. Education. Learning. Innovation. Technology.

1 Introdução

O Design Instrucional (DI) tem se consolidado como uma abordagem estratégica e indispensável no desenvolvimento educativo, especialmente no cenário marcado pela constante evolução tecnológica e pela crescente demanda por metodologias educacionais inovadoras. Com raízes que remontam à Segunda Guerra Mundial e um desenvolvimento significativo nas décadas subsequentes, o DI evoluiu para se tornar uma ferramenta robusta, capaz de integrar teorias pedagógicas, tecnologias educacionais e práticas personalizadas.

No cenário atual, caracterizado pela diversidade de perfis estudantis, pelo avanço da Educação a Distância (EaD) e pela necessidade de um desenvolvimento critico e consciente, o DI desempenha um papel crucial ao possibilitar criar experiências de aprendizado mais inclusivas, engajantes e alinhadas aos proveitos dos alunos. Modelos estruturados, como o ADDIE, fornecem um arcabouço metodológico que guia desde o planejamento até a avaliação de programas educacionais, promovendo a eficácia e a relevância do ensino.

O artigo tem como objetivo explorar o Design Instrucional (DI) como uma abordagem estratégica para potencializar o processo de ensino e aprendizagem no contexto educacional contemporâneo, evidenciando as vantagens e desvantagens dessa prática. O estudo será realizado em forma de pesquisa bibliográfica, onde será explorado vários autores. Tratará no primeiro momento sobre o conceito de DI, seguindo das suas práticas no contexto educacional, em seguida abordará as vantagens e desvantagens dessa prática, finalizando com uma breve conclusão do tema, que demonstra que a aplicação dessa metodologia requer a superação de desafios, como a rigidez de algumas abordagens, o tempo necessário para a elaboração de materiais e a formação contínua dos educadores.

Assim, o DI se apresenta como uma ferramenta indispensável para a formação de cidadãos críticos, autônomos e reflexivos, capazes de enfrentar os desafios de uma sociedade em constante transformação. Ao final, espera-se que a reflexão proposta contribua para o fortalecimento de práticas educacionais mais inovadoras, inclusivas e eficazes.

 2 DESIGN INSTRUCIONAL NA EDUCAÇÃO: PRÁTICAS, BENEFÍCIOS E DESAFIOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

A base do design instrucional não está associada a uma data exata, mas remonta ao período da Segunda Guerra Mundial. Naquela época, surgiu a necessidade urgente de capacitar os novatos para operarem equipamentos militares com eficiência. Para atender a essa demanda, especialistas nos Estados Unidos geraram métodos personalizados de treinamento e desenvolveram materiais audiovisuais, como filmes, que ajudavam a transmitir as instruções de maneira clara e eficiente. Nas décadas de 1960 e 1970, Ausubel levantou importantes questões sobre os processos pelos quais os indivíduos assimilavam e armazenavam o conhecimento.

A história do DI é intrinsecamente vinculada à evolução da Educação a Distância (EaD), inicialmente florescendo como uma prática exclusivamente associada a essa modalidade. Conforme observado por Barreiro (2016, p.63), “o DI transcende fronteiras disciplinares, amalgamando conhecimentos dos campos de Design, Comunicação, Pedagogia e Tecnologia da Informação”. Essa abordagem integradora reflete a complexidão do processo, que exige uma cooperação de competências para alcançar resultados eficazes.

Conforme destacado por Machado et al. (2023) a importância do DI se revela de maneira incontestável, constituindo-se como uma abordagem estruturada e organizada para o desenvolver  programas de treinamento e educação. Ao considerar os diferentes estilos de aprender, as necessidades de suporte e as preferências individuais, o DI permite a personalização dos recursos educacionais. Essa estrutura proporciona um arcabouço sólido que orienta desde a concepção até a implementação, assegurando uma abordagem consistente e eficaz na promoção do aprendizado, valorizando a individualidade de cada estudante, promovendo uma experiência educacional mais inclusiva e focada no aluno.

Segundo Filatro ( 2008) para um aprendizado expressiva aconteça em um cenário social específico, é imprescindível que os novos conhecimentos se conectem de maneira relevante às ideias e informações já presentes na estrutura cognitiva dos estudantes. Dessa maneira, a utilização de recursos introdutórios e a organização estruturada dos conteúdos desenvolvem um papel importante no fortalecimento da compreensão e no desenvolvimento da capacidade de solucionar desafios.

Segundo reflexões de Filatro (2008), destaca-se a urgência em investir na formação contínua dos professores garantindo uma educação qualitativa. É indispensável que os docentes ampliem seus conhecimentos, superem modelos tradicionais e adaptem suas práticas pedagógicas aos interesses e particularidades da nova geração. Esse processo contribui diretamente para que se desenvolva uma consciência analítica e reflexiva nos estudantes.

Com o avanço da ciência e da tecnologia, a internet se popularizou, tornando o acesso a informações e dispositivos eletrônicos mais acessíveis. A tecnologia passa a fazer parte do cotidiano humano de forma essencial. No contexto atual, marcado por constantes mudanças e um ritmo acelerado, é fundamental reconhecer o papel da instituição de ensino como uma parceira importante para a geração hodierna. Integrar a tecnologia ao ambiente educacional é essencial para melhorar o aprendizado e adaptá-lo às demandas da sociedade moderna.

Filatro (2008) destaca que no contexto do aprender eletrônico, a garantia da qualidade das práticas educacionais geralmente não recai exclusivamente sobre o professor, que, no ensino tradicional, assume esse papel de forma predominante. 

O DI é uma abordagem estruturada e diversificada, voltada para a geração de ambientes de aprendizagem envolventes e eficazes. Ele abrange processos essenciais, como a análise de necessidades, a definição de objetivos claros, a seleção de estratégias pedagógicas adequadas, o desenvolver os materiais instrucionais e a avaliar continuamente os resultados alcançados.

Com foco na personalização e eficiência, o DI identifica os desafios na  aprendizagem e propõe soluções por meio de recursos e atividades planejadas para acolher às demandas específicas dos alunos. Essa metodologia busca promover maior engajamento, facilitando a aquisição de conhecimento e a superação de dificuldades, enquanto avalia o impacto das práticas educacionais implementadas, garantindo uma bagagem de aprendizagem expressiva e transformadora.

O DI pode ser compreendido como um processo deliberado e organizado que engloba o planejamento, a criação e a execução de estratégias, métodos, recursos, tarefas e materiais educativos em contextos didáticos específicos. Para Filatro ( 2008) seu objetivo principal é favorecer o conhecimento humano, fundamentando-se em princípios reconhecidos de ensino e aprendizado para alcançar resultados eficazes. 

O DI surge como uma ferramenta essencial para desenvolver materiais educacionais estruturados e adaptados às particularidades de cada estudante,  assegurando que as metas educacionais sejam atingidas com eficiência. Essa abordagem se destaca por possibilitar a formação de recursos didáticos interativos e dinâmicos, que despertam o interesse e a motivem os estudantes, enriquecendo sua experiência de aprendizado.

Mais do que um conjunto de etapas isoladas, o DI funciona como um sistema interligado e contínuo. O processo se inicia com a identificação das necessidades dos alunos, o que orienta a escolha de estratégias pedagógicas adequadas. Essas estratégias guiam o desenvolvimento de materiais instrucionais personalizados e a avaliação constante permite ajustes e melhorias, fechando um ciclo de aprendizado dinâmico e adaptável. Essa integração é o que torna o Design Instrucional tão relevante no contexto educacional atual, especialmente diante dos desafios de inovação e qualidade no ensino.

Nos últimos anos, o DI ganhou destaque diante da crescente demanda por práticas pedagógicas eficazes, principalmente no contexto da educação a distância. Um marco importante ocorreu em 2005, quando a Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), deu início à oferta de cursos superiores a distância. Esse momento foi decisivo para atender às novas necessidades educacionais e marcou uma transformação significativa no ensino superior no Brasil. Ainda nesse período, foi registrado o primeiro curso voltado exclusivamente à análise e elaboração de materiais didáticos específicos para o ensino online, reforçando o papel estratégico do Design Instrucional na evolução da educação a distância no país.

Com essa trajetória, o DI não apenas oferece soluções para o aprimoramento educacional, mas também se adapta às transformações tecnológicas e culturais, consolidando-se como uma metodologia indispensável para construir experiências de aprendizado mais eficientes e humanos.

Para instigar o aprender, existem diversos modelos que orientam como desenvolver o design instrucional, modelo ADDIE (análise, design, desenvolvimento, implementação e avaliação), se destaca como um dos mais reconhecidos e amplamente utilizados no âmbito do DI, devido à sua flexibilidade e aplicabilidade em diversos contextos educacionais. A opção pelo modelo ideal, no entanto, depende das metas e objetivos específicos de cada projeto de ensino, considerando as particularidades do público-alvo e as demandas do processo de aprendizagem.

Essa metodologia oferece uma abordagem estruturada e sistemática, todas as fases fundamentais para a criação de programas educacionais eficazes. Da análise inicial das demandas educacionais até a avaliação do impacto, o modelo ADDIE propõe um processo contínuo e dinâmico. Ele começa com uma investigação detalhada das necessidades dos estudantes, que orienta a etapa de design, em que o conteúdo é organizado de forma a ser envolvente e eficiente. Em seguida, os materiais são cuidadosamente desenvolvidos e concretizados, culminando em uma avaliação criteriosa. Essa etapa final não apenas mede os resultados alcançados, mas também fornece insights valiosos para aprimorar futuras iniciativas educacionais.

Quando aplicado à educação, o modelo ADDIE se destaca por sua capacidade de adaptação às complexidades do ensino contemporâneo. Ele possibilita que os educadores alinhem estratégias pedagógicas às demandas atuais, promovendo a eficácia e a inovação no aprendizado. Ao integrar flexibilidade e rigor, o modelo facilita a criar experiências educacionais significativas, garantindo que o aprender seja relevante e impactante.

Assim, o DI, especialmente quando fundamentado em metodologias como o ADDIE, vai além de atender às demandas imediatas da educação. Apresenta-se como uma abordagem visionária, capaz de moldar o futuro educacional. Para enfrentar os desafios de um mundo em constante transformação, a evolução contínua dessas práticas se torna indispensável, assegurando que o processo de aprendizagem se mantenha dinâmico, envolvente e alinhado às demandas da sociedade contemporânea.

Para Martins (2021) essa abordagem destaca-se na elaboração de moldes de ensino personificados, que asseguram a adequação às demandas educacionais e promovem formas de aprendizagem ajustadas. Considera-se o educando como um individuo único, com experiências socioculturais distintas, e que, por isso, necessita de uma experiência de ensino equitativamente singular, capaz de favorecer o pleno desenvolvimento de suas habilidades.  O Design Instrucional apresenta vantagens significativas, sobretudo no impacto positivo que exerce sobre a dinâmica educacional. Um de seus pontos fortes é a promoção da aprendizagem autônoma, que coloca o aluno no cerne do processo de ensino, tornando-o responsável e ativo na formação do próprio conhecimento. 

Assim, o aprendizado autônomo não apenas torna a experiência mais cativante, mas também incentiva o aluno a assumir o protagonismo da própria aprendizagem, elemento essencial para desenvolver competências de investigar e construir o conhecimento.

O DI, desenvolve um papel essencial na otimização do planejamento e execução de métodos que facilitam o percurso da aprendizagem. Nesse contexto, a atuação do designer instrucional assume uma relevância central, especialmente quando inserida em uma equipe multidisciplinar. Como destacado por Obregon, Junior & Cruz (2012) a colaboração entre profissionais de diferentes áreas contribui para enriquecimento do processo educacional, favorecendo uma abordagem flexível e alinhada às demandas atuais.

Uma das principais vantagens do DI é sua capacidade de personalização do ensino. Essa característica permite ajustar o conteúdo às necessidades individuais dos estudantes, levando em conta seus estilos de aprendizagem, preferências pessoais e níveis de suporte necessários. Essa personalização não apenas aumenta a relevância do material educacional, mas também promove uma experiência de aprendizagem mais significativa e eficaz.

Outro ponto positivo do DI é a eficiência que ele traz ao processo de ensino. Metodologias estruturadas, como o modelo ADDIE, proporcionam um método estruturado para a organização e desenvolvimento do planejamento, desenvolvimento e avaliação de programas educacionais. Isso possibilita o alinhamento consistente entre as atividades de ensino e os objetivos pedagógicos, resultando em uma aprendizagem mais eficaz e bem direcionada.

Em síntese, o Design Instrucional se destaca por suas contribuições para a promoção de um aprender personalizado e autônoma, além de favorecer práticas pedagógicas mais inovadoras e eficazes. O uso de modelos estruturados reforça sua função na busca pela melhoria contínua da qualidade educacional e na adaptação às necessidades emergentes. 

Apesar dos benefícios do DI, há desafios significativos envolvidos, como o tempo e a complexidade exigidos na elaboração de materiais educacionais. Esse processo torna-se ainda mais desafiador quando é necessário adaptar os conteúdos para atender às características de diversos públicos e contextos. Também, a rigidez de algumas abordagens pode representar uma limitação, dificultando a flexibilidade necessária para lidar com situações variadas.

Um dos maiores desafios é a formação não apenas dos professores que estão em sala de aula, mas também dos demais profissionais da escola, que desempenham um papel fundamental no processo educativo. Isso se torna ainda mais relevante quando se trata de facilitar a comunicação com uma geração que já cresce imersa na tecnologia, exigindo abordagens mais acessíveis e alinhadas à sua realidade.

Como apontado por Machado et al. (2023) entre os principais obstáculos está o risco de que sua aplicação resulte em monotonia e repetição, podendo impactar negativamente na motivação dos educandos. A ausência de elementos motivadores pode reduzir o interesse dos estudantes, evidenciando a importância de estratégias que conciliem eficácia pedagógica e engajamento emocional.

Como ressaltado por Romiszowski (2011) outro desafio significativo é a percepção de rigidez em algumas abordagens do DI, o podendo restringir a criatividade e dificultar adaptações rápidas às mudanças no ambiente educacional. Superar essa limitação requer uma abordagem mais ajustável e inovadora, capaz de incorporar ajustes contínuos que respondam às transformações constantes da realidade contemporânea,

Além disso, criar materiais didáticos sob medida demanda um tempo significativo e a alocação de recursos adequados. É necessário equilibrar qualidade e eficiência no desenvolvimento desses materiais destaca a importância de estratégias otimizadas que maximizem o impacto educacional sem sobrecarregar os recursos institucionais. 

Nesse sentido, é indispensável que instituições de ensino, professores e alunos estejam atentos às limitações e desafios do DI, engajando-se coletivamente em sua evolução. Somente por meio de uma abordagem integrada e comprometida será possível assegurar que o DI permaneça alinhado às necessidades e dinâmicas de um panorama educacional em incessante transformação.

3 Considerações Finais 

 Após as pesquisas ficou evidente que  o espaço de aprendizado deve ser visto como um ambiente fundamental para estimular competências, habilidades, valores e potencialidades, promovendo interações enriquecedoras que incentivem a construção conjunta do conhecimento. Contudo, para acompanhar as exigências hodierna, é essencial adaptar-se às novas realidades educacionais. O Design Instrucional (DI) destaca-se como uma abordagem estratégica para aprimorar o ensino, alinhando-se às demandas de uma sociedade em constante transformação. Sua aplicação possibilita a personalização do aprendizado, atendendo às necessidades e particularidades individuais dos estudantes, enquanto promove práticas pedagógicas inovadoras e eficazes. Através de modelos estruturados, como o ADDIE, o DI oferece uma base sólida para o planejar e a avaliar os programas educacionais, garantindo maior eficiência e qualidade no ensino-aprendizagem. Contudo, sua implementação eficaz depende da superação de desafios, como a formação contínua de docentes, a gestão do tempo para planejamento e a superação de paradigmas tradicionais.   

Além disso, é imprescindível que as instituições de ensino se adaptem às exigências contemporâneas, investindo em infraestrutura e criando condições que favoreçam o protagonismo dos alunos. Práticas pedagógicas dinâmicas, que integrem inovação e motivação discente, são essenciais para tornar a aprendizagem mais significativa e transformadora. Assim, o DI se consolida como um pilar indispensável para a construção de uma educação inclusiva e adaptável, que prepare os estudantes para os desafios da sociedade contemporânea e contribua para a formação de cidadãos críticos, autônomos e reflexivos.

4 Referências Bibliográficas

Barreiro, R. M. C. (2016). Um breve panorama sobre o design instrucional. EaD em Foco, 6(2), 63. Disponível em: https://doi.org/10.18264/eadf.v6i2.375.  Acesso em 29 de janeiro de 2025.

Filatro, A. (2008). Design instrucional na prática. Pearson Universidades.[e‐book] Flórida: Must University.

Machado, J. C., Araújo, A. P. de, Almeida, A. P., Andrade, C. de, & Nascimento, J. L. A. do. (2023). A relevância do design instrucional na aprendizagem autogerida on-line e-learning. Revista Amor Mundi, 4(10), 97–104. https://doi.org/10.46550/amormundi.v4i10.362.  Acesso em 29 de janeiro de 2025.

Martins, C. S. (2021). Metodologias inovadoras e imersão virtual para orientação prática de design instrucional. Universidade de Lisboa. Disponível em: Repositório da Universidade de Lisboa: Metodologias inovadoras e imersão virtual para orientação prática de design instrucional. Acesso em 29 de janeiro de 2025.

Obregon, R. F. A., Alves Júnior, M. H. M., & Cruz, R. M. (2012). O processo de design instrucional na concepção e desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem. P.4. São Luís, MA.Disponivel em: https://www.researchgate.net/publication/380846197. Acesso em 29 de janeiro de 2025.

Romiszowski, H. P. (2011). Referenciais de qualidade no design instrucional. TTS/Rio de Janeiro. Disponivel em: http://repositorio.ufla.br/bitstream/1/30741/1/. Acesso em 29 de janeiro de 2025.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

SCALCON, Adriana. O design instrucional como estratégia para potencializar o ensino e aprendizagem. Disponível em: https://revistadifatto.com.br/artigos/o-design-instrucional-como-estrategia-para-potencializar-o-ensino-e-aprendizagem/. Acesso em: 24/04/2025.